sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A primeira etapa da Benedita ao Cáucaso de Bike

Existem pessoas que a aventura é uma forma de estar na vida, deixam as áreas de conforto e sem olharem para trás são capazes de empreenderem aventuras de uma vida, só ao alcance dos mais destemidos.

Foi o que fez um grupo  de amigos da Benedita, despediram-se dos trabalhos mais ou menos seguros que tinham e organizaram uma expedição de bicicleta de 7000 Km da Benedita ao Cáucaso com o objetivo de divulgar e preservar o leopardo Caucasiano.



Fui convidado para participar na primeira etapa que ligou a Benedita a Olhos de água em Alcanena com cerca de 40 Km e na qual tive muito prazer em participar e agora partilhar esta aventura.  

Esta etapa teve como objetivo divulgar a aventura, juntar os amigos e familiares dos aventureiros para confraternizar antes da partida, acompanha-los nos primeiros quilómetros para lhes dar força e desejar a continuação de uma boa viagem e aventura.

Fica aqui o link para os acompanhar diariamente nesta extraordinária aventura : https://www.facebook.com/dabeneditaaocaucaso?fref=ts

Como faço geocaching, uma atividade de caça ao tesouro dos tempos modernos, em que os utilizadores depois de se inscreverem no site com o mesmo nome têm acesso a coordenadas de tesouros escondidos por outros utilizadores e designados "caches". Depois é só descarregar essas coordenadas para um qualquer aparelho de GPS e ir à procura da dita cache que se encontra dissimulada no meio envolvente e que têm como objetivo mostrar um local bonito, interessante ou mesmo cultural. Cada cache tem uma listing no site a descrever o local e a sua história ou o motivo pela qual o Owner acho interessante colocar ali uma cache. Essas caches podem ter vários formatos, mas o mais comum é uma caixa com presentes para troca, mas o que se troca são os presentes, porque a caixa deve ser deixada no local da mesma maneira que a encontramos. Depois de encontrar o tesouro o utilizador deve assinar um logbook que se encontra dentro da caixa e mais tarde partilhar a sua experiência na listing da cache no mesmo site. E por isso nesta aventura como noutras gosto de procurar umas caches para ficar a saber um pouco mais sobres os locais por onde passo e depois partilhar a experiência na listing com os outros utilizadores. É para mim também uma forma de mais tarde ao reler os logs destas caches recordar-me destas aventuras.

Quando cheguei à Benedita, já os organizadores tinham uma grande tenda montada na Praça Damasceno Campos, com muita gente, bicicletas, publicidade, todo o aparato do início de uma verdadeira aventura. 







Como não podia deixar de ser liguei o GPS para ver se existiam caches por perto e o aparelho indica-me que estava praticamente em cima de uma. Iniciei as buscas e passado pouco tempo já a tinha na mão. Uma cache do tamanho “micro” que só tem o logbook e é muito comum em meio urbano.

Daqui, fomos a casa dos organizadores, que nos tinham preparado umas bifanas para nos fortalecer para os quilómetros que iria-mos fazer. Depois deste repasto e convívio, iniciamos os primeiros quilómetros, rumo a sul para contornarmos a serra de Aires e Candeeiros, até às salinas naturais de Rio Maior. Foi aqui nas salinas que se fez a primeira paragem para descansar e sobretudo tirar umas fotos para o evento. Eu, claro aproveitei a paragem para procurar umas caches que por ali houvesse. Existia várias sendo a que ficava mais perto uma earthcache. Este tipo de cache é especial e faz-nos observar fenómenos geológicos que depois temos que responder para poder logar a mesma. Já no princípio da etapa alguns elementos que estavam presentes no evento ficaram curiosos e expliquei-lhes o que era o geocaching. Assim esta cache também calhou bem para explicar-lhes o que era uma earthcahe. Enquanto ainda estava a explicar, um dos elementos já me estava a dizer as respostas que tinha visto numa placa, acreditei nele mas dei-me mal. 






O local é fantástico, muito bonito e bem conservado, as casas de madeira são um regalo à vista e depois não fazia a mínima ideia que se podia extrair sal da maneira como se faz aqui, mas como sempre o Grande Mestre Daniel, o Owner desta cache e Mestre geólogo da comunidade deu-me mais uma boa lição de geologia através da listing da cache.

Depois das fotos de praxe, lá continuamos viagem em amena cavaqueira e com o pessoal todo bem disposto. Parando uma segunda vez em Amiais de Cima, para abastecer e que abastecimento. Estes organizadores e as suas famílias são de facto uns anfitriões excecionais.  










Enquanto a rapaziada se entretinha com o repasto, eu aproveitei para procurar mais uma menina que se encontrava na antiga escola de Amiais de Cima. Esta mostrou-se matreira, por estar bem escondida, mas lá apareceu numa escola a lembrar os velhos tempos em que passei por uma igual.





Daqui a Olhos de água foi um pulinho, onde mais uma vez esperava-nos um repasto com sopas, pizzas, cerveja, vinho e outras iguarias confecionadas pelos familiares dos aventureiros. Quem pensava que podia perder umas calorias com estes 40 Km de bicicleta, enganou-se redondamente, pois o rácio de quilómetros/abastecimentos, beneficiou sem dúvida as calorias.

Eu depois de encher o bandulho e para queimar umas calorias que ainda não tinha conseguido lá foi à procura de umas caches para o percurso pedestre do local. Encontrei três magnificas caches que me deu a conhecer um local fantástico de uma beleza incrível e que aconselho vivamente a ser visitado.    








domingo, 2 de fevereiro de 2014

A primeira aventura de 2014

A primeira aventura de 2014, foi a volta de BTT, de Torres Vedras a Agualva.

As coisas não começaram muito bem , com  o perder do comboio na estação, Tivemos que voltar a casa e optar por ir de carro até Torres Vedras, isto já para não falar numas avarias que nos aconteceu, só de casa até à estação, que são só 500 metros. 

Mas depois de chegarmos ao ponto de partida, já muito atrasados e começando o regresso à Agualva só por volta das 11 horas, todo correu bem com alguns percalços por nos termos enganado uma vez no percursor, mas nada que não se tivesse resolvido passando pelas falésias com a bike às costas. 

Desta vez juntamos-nos só 4 resistentes sem medo ao frio ou à chuva, à lama ou aos agoiros de uns tantos medrosos que por ai andam, 4 malucos com vontade de encarquilhar o forro aos testículos.   

A Partida


A ciclovias do Sisandro







Os campos agrários de zona saloia 









O percurso é todo feito junto ao litoral com paisagens que só a nossa costa atlântica nos oferece 




















Mas ainda temos paisagens como a praia a Samarra 

O percurso é feito por vario tipos de piso, ciclovias, estradões, trilhos e pouco alcatrão. 










Esta é daquelas voltas duras de se fazer com um constante sobe e desce das falésias para as praias e das praias para as falésias com uma acumulada de subidas de cerca de 2000 metros e cerca de 85KM. É preciso um grande espírito de sacrifício para vencer todas estas dificuldades. A capacidade mental aqui é mais importante que a parte física. O corpo a meio já se ressente com dores e a vontade de desistir começa a perturbar-nos e ainda por cima quando chegamos à Várzea de Sintra apanhamos uma chuva que nos deixou todos molhados, Eu particularmente fiquei com os pés gelados que nem os sentia e como entretanto tínhamos começado tarde, por esta altura começou a ficar de noite e os últimos quilómetros já foram feitos em plena escuridão e sem luzes, foi um sacrilégio fazer o resto dos quilómetros que nos faltava naquele estado. É preciso um grande esforço físico e mental para chegar ao fim. 

Os aventureiros

Filipe




Ricardo




João




EU




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