sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Descida do Rio Mira

A aventura de canoa este ano, levou-nos a uma descida no rio Mira desde Odemira a Vila Nova de Milfontes. Esta expedição foi feita em dois dias com cerca de trinta quilómetros e em autonomia.

O rio Mira nasce na Serra do Caldeirão e desagua no oceano Atlântico junto a Vila Nova de Milfontes e a parte mais propicia a um passeio de canoas em águas calmas é de Odemira à foz. Este passeio é tranquilo e segue o curso do rio com a ajuda da maré vazante, se bem que nos dois dias de aventura, levantou-se vento norte a partir do meio da manhã, o que veio dificultar um pouco a progressão. O passeio é como estar num oásis verde na paisagem Alentejana com sobreiros antigos, oliveiras, medronheiros, choupos e pastagens. Também há zonas de canavial onde se refugiam centenas de aves que tornam todo o meio envolvente ainda mais espectacular

Os meus companheiros de aventura foram :

Euzinho
Ricardo 
Carlos e João 
Vitinhas e Filipe 
André e Vitor
Zé e Luísa

O ajuntamento fez-se às seis da manhã em minha casa e dai partimos em direcção a Vila Nova de Milfontes onde deixamos uma viatura para quando chegássemos no outro dia de Odemira com as canoas, pudéssemos ir buscar as restantes viaturas.

Em Odemira e quando estávamos a fazer os preparativos para a aventura rio abaixo, aconteceu logo a primeira peripécia. Uma das canoas rebentou uma bóia e quando eu pensava que os coletes só estorvavam, desta vez, foi o que nos salvou, pois foi com eles que substituirmos a bóia. Portanto, nunca se esqueçam dos coletes, podem dar sempre jeito.

Preparativos
Preparativos
Bóia furada 
Problema resolvido
No primeiro dia fizemos cerca de 18 quilómetros até Casa Branca, perto de São Luís, com almoço volante pelo caminho e no único local possível para atracar, dado que as margens do Mira são em lama e ludo em praticamente toda a sua extensão existindo poucos locais para se desembarcar.  

Este troço é o mais natural do rio. Em puro sossego, rema-se por vastas paisagens de sapais, habitat de caranguejos, amêijoas e aves marinhas. Ao longo da viajem rio abaixo nota-se, que também a vegetação se altera por causa da salinidade da água

Inicio da viagem

O Adeus a Odemira
Paisagem

Paisagem
Margem com sapais

Paragem para o almoço

Desembarque



Almoço
Aqui nem vale a pena tentar
Pequena pausa


Traquinices 

Em velocidade de cruzeiro

Chegada a Casa Branca

Quarto de hotel

            O anoitecer


No dia seguinte acordamos com um cenário de cortar a respiração. O nevoeiro assentou no rio e a paisagem envolvente era de um autentico cenário de filme.

Neste dia fizemos os restantes 12 quilómetros até Vila Nova de Milfontes, onde chegamos por volta da hora de almoço e onde também acabamos por almoçar. 

É neste percurso que a comunhão com o estuário do rio Mira se celebra da forma mais intensa. A vegetação, que varia consoante a salinidade e a fauna com uma serie espécies identificadas, incluindo a àguia pesqueira que tivemos o privilegio de a ver, fazem desta troço uma  experiência ímpar e deslumbrante. 


O cenário do amanhecer




Cenário do amanhecer



Cenário de filme



Partida de Casa Branca

A aventura continua

Pequenos luxos

O que estarei euzinho a fazer????


O Nevoeiro a dissipar-se

 
Já se vê o azul do céu

Paisagem


Paisagem


A boa sensação dos grandes espaços naturais


Uma pequena pausa para reabastecer 

Foi daquele monte que surgiu a ideia desta aventura 


Milfontes à vista


Ponte

Ponte


Nevoeiro costeiro

  
A chegar ao fim


Apesar de para mim e para o Ricardo a expedição nos ter custado mais e termos chegado exaustos ao fim,  devido à resistência de navegação das nossas canoas e não serem adaptadas a estas longas viagens, foi no entanto uma aventura inesquecível  na companhia de pessoas extraordinárias com momentos intensos que perduraram na nossa memoria. 


4 comentários:

  1. obrigado pela partilha destes momentos.
    Infelizmente não pude estar mas fic apara a proxima.
    Grande aventura

    ResponderEliminar
  2. bitter é outro nick dos btt ....eheheh- mas nao do geocaching

    ResponderEliminar
  3. Muito bem!!! Quem não vai, lê, vê e ouve as tuas aventuras.

    ResponderEliminar
  4. Muito bom dia, era para saber em quantas horas é que conseguiram descer o rio, se é possível fazer num dia? Quanto as correntes tiveram algum problema? Obrigado. Miguel Sistelo.

    ResponderEliminar