sábado, 17 de junho de 2023

L’ Antique

 



Com base na L'Antique 200, idealizei um percurso para três dias. Saindo de casa percorrer parte do percurso da L'Antique e voltar a casa. 

A L'Antique pertence à modalidade Randonneuring é tão ou mais antiga quanto o Tour de France: remonta ao final do século XIX, quando grupos de ciclistas Italianos e Franceses completaram longas distâncias, com um tempo máximo determinado ou velocidade média específica. Em outros Países a modalidade é conhecida como Audax, que também remonta ao significado em latim “audacioso”.

Ao longo da década de 1920, foram sendo estabelecidas as distâncias comuns a serem percorridas: 200, 300, 400 e 600km. Na década de 30, pedalou-se pela primeira vez por ciclistas não-profissionais (ou seja, de forma não-competitiva) os 1200km de Paris-Brest-Paris, percurso dos mais célebres da randonagem mundial. No qual para se participar tem que se completar todas as distancias no ano anterior. 

A L'Antique foi o percurso português dos 200 quilómetros, feito entre Vila Franca de Xira e Constância, ida e volta. Indo junto ao Tejo para norte na margem norte e de regresso pela margem sul. A organização desenho o percurso por estradas secundárias e rurais, obtendo um percurso nas Lezírias Ribatejanas de uma enorme beleza.   

Eu no primeiro dia foi de casa ao parque de campismo de Escaroupim onde pernoitei. Fiz o percurso maioritariamente pelos caminhos de Fátima, com muita lama e um tempo agradável para pedalar, numa distancia de 113 quilómetros, tendo como um dos momentos mais emblemáticos a travessia da Ponte Rainha Dona Amelia, ponte com 120 anos. 

Passeio marítimo 

Passeio marítimo 

Belém 

Padrão dos descobrimentos 

Padrão dos descobrimentos 

Cais das colinas 

Praça do comercio 

Oceanário 

Torre Vasco da Gama 

Ponte Vasco da Gama

Inicio das obras para do palco do encontro mundial da juventude 

caminhos de Fátima junto ao rio trancão 

caminhos de Fátima 

Passadiços de Santa Iria 

Passadiços de Santa Iria 

Alhandra 

A menina depois de um percurso lamacento 

o menino depois de um percurso lamacento 

Central termoeléctrica 

Campos de cultura 

Valada 

Ponte Rainha Dona Amelia 

Ponte rainha Dona Amelia 

Ponte Rainha Dona Amelia 

Os aposentos em Escaroupim 





O manjar 


No segundo dia depois de chegar a Morgado entrei no percurso da L'Antique em direcção a Santarém, pela margem norte do rio Tejo e por estradas secundárias, passando por herdades ainda em funcionamento fazendo lembrar o Ribatejo de outros tempos. Neste percurso ainda encontrei o pessoal do Lés a Lés, que já não mostram o espirito da coisa e parece que vão numa competição de burros com capacete, fazendo-me sair da estrada por algumas vezes, basicamente era um mosquito para eles, mas depois e em melhor companhia, sem stress e por estradas onde os carros se esquecem de passar, subi às portas do sol, sem antes me ter enganado e ir ter parado ao cemitério. 

Deixei as vistas sobre a lezíria e segui agora pela EN 385, não sem antes cruzar novamente a linha férrea para seguir rumo a Alcanhões, e daqui até à Golegã. Mais uma estrada simpática, com um traçado de outros tempos, entre povoações onde o trânsito pouco se faz notar.

Na Golegã, terra de cavalos e ultrapassado o pavé que por aqui deve estar colocado há muito tempo, decidi atravessar a Ponte João Joaquim Isidro dos Reis, conhecida popularmente como Ponte da Chamusca, esta localizada sobre o rio Tejo na Estrada Nacional 243, e une a Golegã à Vila da Chamusca. Ficando o troço até Constância por fazer. Mas como o vento estava forte de sul, quanto mais fosse para norte mais tareia levava no regresso e assim tive o prazer de atravessar mais uma ponte emblemática. 

Na Chamusca voltei ao  percurso da L'Antique sai do reboliço da EN 118. Percorrendo agora as lezírias por estradas municipais e caminhos agrícolas… 15 quilómetros depois emergi em Alpiarça. Boa desculpa para repor energias pois estas estradas não são pródigas em locais onde comer.

Regressei a estradas antigas e caminhos asfaltados onde o que resta deles não vê passar muitos carros, recordando que noutros tempos pedalar 200 km era uma aventura grande.

Neste dia acabei com 120 quilómetros novamente no parque de campismo de Escaroupim com a alma cheia e uma noite na paz que só a natureza nos oferece. 

Passagem de nível à antiga 

Burros de capacete 

O exemplo do gótico em Saltarem 

Portas do sol 

Portas do Sol 

Portas do Sol 

Alcanhões

Pombalinho 

Quinta da Broa 

Palacete na Golegã 

Golegã 

Golegã 

Ponte João Joaquim Isidro dos Reis

Ponte João Joaquim Isidro dos Reis

Ponte João Joaquim Isidro dos Reis

Já na Margem sul do Tejo 

Campos de gira sol 

Margem sul 

Ponte centenária 

O ribatejo profundo  



No terceiro dia decidi regressar pela margem sul do Tejo até Vila Franca de Xira, deixando o percurso da L'Antique. Vim por estradas também elas secundárias e rurais. Depois de sair de Escaroupim cheguei a Salvaterra de Magos por uma estrada secundária sempre junto ao Tejo e dai até um pouco antes de Benavente pela nacional, onde virei à direita por uma estrada rural de rara beleza e com uma envolvência extraordinária, revelando uma fauna e bando de aves como ainda não tinha visto em outro lugar. Esta estrada levou-me até à antiga estalagem do gado bravo na estrada da recta do cabo e dai até à Ponte Marechal Carmona, onde tive mais um momento emblemático desta viagem, atravessando a mesma de bicicleta.
De Vila Franca de Xira até casa fiz o regresso também pelos caminhos de Fátima, mas com uns desvios para chegar a tempo de ainda almoçar em casa.  



Na margem sul do Tejo 

Antes de Salvaterra de Magos 


Na estrada rural antes da estalagem do gado bravo 

Recta do cabo 


Ponte Marechal Carmona 
Ponte Marechal Carmona 

Ponte Marechal Carmona 

De regresso

Praça de touros de Vila Franca de Xira 



 


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