O EuroVelo é uma rede de 16 ciclovias de longa distância ligando e unindo todo o continente Europeu. As rotas podem ser usadas tanto por ciclistas em longas viagens, como por pessoas locais que fazem viagens diárias. Actualmente, o EuroVelo compreende 15 rotas e prevê-se que a rede esteja substancialmente concluída até 2020.
A rota EuroVelo 1 Inicia-se na Noruega e acaba em Portugal, designada a Rota da Costa Atlântica, liga algumas das mais belas paisagens marítimas do mundo. Marcada por dramáticos fiordes, praias ensolaradas e cidades portuárias movimentadas. A rota atravessa Noruega, Reino Unido, República da Irlanda, França, Espanha e Portugal.
Em Portugal a Eurovelo 1 tem mais de 920 quilómetros sempre pela costa. Desde Vila Real de Santo António no Algarve até caminha no Minho. No percurso pode-se desfrutar de dunas abrigadas a enseadas rochosas, de pequenas praias a areais extensos, desde lagoas pouco profundas a grandes ondas que dão para surfar num Atlântico selvagem. Abençoado com mais de 300 dias de sol por ano, Portugal também goza de um clima perfeito para complementar a sua linha costeira espectacular de bicicleta.
A nossa aventura na EuroVelo 1 iniciou-se em S. Martinho do Porto e acabou em Sintra, mais concretamente na Agualva para acabarmos em casa.
Foram apenas 180 quilómetros dos 920, em três dias. Foram três etapas espectaculares que deu para perceber que esta rota é lindíssima, com paisagens costeiras de cortar a respiração.
Os companheiros de aventura foram o Carlos, o companheiro de sempre. O Fernando, companheiro já de algumas aventuras, mas que com ele a coisa ganha outro toque de boa disposição. O Sérgio e o André, dois estreantes, que revelaram-se dois bons compinchas de aventura, esperando que tenham gostado para se juntarem em futuras andanças.
A trupe |
S. Martinho do Porto é uma vila junto de uma baía com formato de concha, onde desagua o rio da Tornada. À volta da baía encontra-se a Praia de São Martinho com águas muito calmas por ter uma entrada de mar pequena e cortar toda a fúria do Atlântico. A viagem de aqui continuo para a Foz do Arelho.
Na Foz do Arelho, conflui a Lagoa de Óbidos, onde existem dois tipos de praia, de um lado as condições mais tranquilas da lagoa e do outro lado o mar. Esta lagoa é o sistema lagunar costeiro mais extenso da costa portuguesa, onde a avifauna e os moluscos bivalves são os grupos ecológicos com maior relevância. Aqui ainda podem observar-se bateiras, embarcações típicas deste ecossistema. A meio do contorno da lagoa encontrámos um restaurante onde aproveitámos para almoçar.
Depois de almoço seguimos pelas praias do Bom sucesso, Rei Cortiço, Covões e d'el Rei. Já a chegar a Peniche na zona norte a costa estende-se por alguns quilómetros, com afloramentos rochosos muito particulares e destacando-se as praias do Lagido que juntamente com Supertubos são palco do Campeonato Mundial de Surf Rip Curl Pro Portugal, do Baleal, onde se encontra o ilhéu de Papoa, uma península rochosa onde podem observar-se aves marinhas.
S. Martinho do Porto |
Com o condutor uber (O meu sobrinho João) que nos levou a S. Martinho do Porto |
A concha de S. Martinho do Porto |
Problemas com o GPS |
Passadiço |
Primeiro problema técnico .. facilmente resolvido |
Foz do Arelho |
Bateiras |
Ponte na lagoa de Óbidos |
Aves |
Lagoa de Óbidos |
Lagoa de Óbidos |
Praia do Bom Sucesso |
Baleal |
Baleal |
Baleal |
A caminho de Peniche |
Bungalow |
jantar em Peniche |
O começo deste dia inicia-se com uma vista deslumbrante para para as ilhas das Berlengas, classificadas como Reserva Natural. Devido ao valor biológico da área marinha envolvente este é um local muito procurado por mergulhadores. Possui igualmente elevado interesse botânico e ao nível da avifauna, sendo o airo a ave mais emblemática das Berlengas. Para logo a seguir aparecer-nos no horizonte o belo farol do Cabo Carvoeiro.
Descemos por um trilho costeiro de grande beleza até Peniche, onde aproveitámos para comer o pequeno almoço por volta das 10 horas. Aqui, alguns dos elementos do grupo devoraram omeletes com batatas fritas e outros sandes de tomate regados por azeite e muitos oregãos. Isto para mais tarde e por volta do meio dia, já estarem a almoçar numa festa da abóbora que encontrámos na Atalaia.
De Peniche seguimos para a Consolação e depois para Paimogo, com o seu Forte sobre a praia e a destacar as vistas que se tem a partir do Forte, sobre toda a costa sul.
Daqui a viagem continuo para a praia da areia branca, Atalaia, onde almoçamos, Santa Barbara, já um pouco para o interior e Maceira, onde entrámos num dos percursos mais bonitos do dia, o vale do Vimeiro, que nos levou até à praia de Santa Rita e depois pelas arribas até Santa Cruz. Entrámos na praia com o mesmo nome, com um extenso areal, de cor clara e formações rochosas que fazem dela uma estância balnear muito procurada. No extremo sul, as arribas da Ponta da Vigia dão início a um conjunto de rochedos onde se destaca o Penedo do Guincho.
Vista para as Berlengas |
A caminho do Cabo Carvoeiro |
Farol do Cabo Carvoeiro |
Pequeno almoço em Peniche |
Outro panorama das Berlengas |
Forte de Paimogo |
Forte de Paimogo |
Praia da areia Branca |
Festa da abóbora |
Petiscos na festa da abóbora |
Vale do Vimeiro |
Vimeiro |
Vale do Vimeiro |
Rio Alcabrichel |
Praia de Santa Rita |
Santa Rita |
Santa Cruz |
Os aposentos |
No terceiro e ultimo dia saímos de Santa Cruz e acabámos na Agualva, o que nos fez sair da EuroVelo 1 em São João das Lampas. A etapa oficial liga Santa Cruz às Azenhas do Mar. Acabámos o dia com 66 quilómetros bem durinhos e com uma acumulada superior a 1.000 metros.
A primeira paragem foi ainda em Santa Cruz para o café matinal, para a seguir pararmos no miradouro do Alto da Vela e contemplarmos a vista para Santa cruz.
Daqui descemos por estradões junto ao rio Sizandro até à praia da foz do mesmo e seguimos por Cambelas, Carrascais, Assenta com o seu farol muito particular. Praia de São Lourenço e Ribeira d'Ilhas, onde alguns elementos embeiçaram-se por uma atleta com alguns dotes predominantes. Aqui e por coincidência encontrámos um amigo do Fernando, o Pedro Tenrinho que também já nos acompanhou numa ida a Fátima de bicicleta e foi com grande satisfação que trocámos ali algumas impressões e ficámos a saber que se encontra tudo bem com ele.
Com isto passado alguns quilómetros, entrámos na Ericeira e com a ameaça de chuva, decidimos parar para almoçar.
Depois de almoço e com a barriga cheia, seguimos para a praia da Foz do Lizandro num percurso muito bonito ao lado do rio com o mesmo nome. Daqui tivemos que trepar a subida de São Julião e o percurso até São João das Lampas, passando ainda pela subida da Catribana que nos deixou de rastos. São João das Lampas é uma localidade com importante património arqueológico, histórico e cultural, onde destaca-se o conjunto constituído pela calçada, ponte romana e azenha da Catribana.
Daqui foi seguir até casa já num estado precário e como podíamos, mas no fim vem o sentimento de mais uma aventura concluída, na companhia de bons amigos e com momentos intensos e inesquecíveis. A eles agradeço os momentos, a companhia, a cumplicidade e proporcionarem-me mais uma aventura bem vivida.
Vista do Alto da Vela |
Alto da Vela |
A caminho da foz do Sizandro |
A caminho da foz do Sizandro |
Foz do Sizandro |
A caminho de Cambelas |
Praia da Assenta |
Farol da Assenta |
Ribamar |
Com o Pedro Tenrinho e a Atleta |
Ribeira d'Ilhas |
Ribeira d'Ilhas |
Ericeira |
Ericeira |
Almoço na Ericeira |
Praia do sul |
Mar tempestoso |
Foz do Lizandro |
Trilhos da foz do Lizandro |
Acabado |
Todo acabado |
Catribana |
Ponte Romana da Cartibana |
Adorei fazer este percurso à beira mar, as paisagens são espetaculares. O grupo foi muito unido e a camaradagem esteve sempre em alta. Para mim foi como um baptismo e que seja primeira de muitas travessias.
ResponderEliminarObrigado a todos